Como funciona a Classificação no WTCC

O WTCC – ou Mundial de Carros Turismo da FIA -, assim como muitas outras categorias, faz a definição de seu grid baseado em mais de uma sessão de classificação.

Até aí nada demais: há um Q1, com todos os carros na pista, e daí os doze mais rápidos vão para o Q2, donde se decide entre eles – sem contar mais com a participação, nem com os resultados, dos carros “eliminados” no Q1. A Fórmula 1 funciona assim, e tem até mesmo um Q3.

Mas o WTCC é uma categoria que tem suas etapas decididas em reodadas duplas. Sempre são duas provas (dois pódios, duas premiações, duas pontuações). Até 2010 a classificação simplesmente definia dois grids idênticos – como existe até hoje na SuperBike -, portanto o pole começava as duas provas na frente do grid.

Então resolveram que esse critério era um “pouco” injusto, pois outros pilotos ficavam “amarrados” e se saíssem um pouco atrás do pole, tinham que trabalhar em duplicata, para tentar superar quem tinha sido um poucquinho mais rápido na classificação, e assim largava à frente do grid duas vezes seguida – já que é uma categoria de carros “quase normais, de rua” – já que seus carros têm direito a poucas melhorias, não são de livre configuração, nem mesmo são do tipo protótipos, como os da DTM e em parte os da Nascar e da Stock Car brasileira.

Várias outras categorias decidiram usar o tal de GRID INVERTIDO para a prova #2. Um total de seis, oito ou mais carros, do grid inicial, ou em geral, do resultado da primeira prova, eram invertidos para formar o grid da segunda prova, enquanto dalí em diante as posições eram as mesmas originalmente definidas no classificatório.

Aí a FIA tomou uma decisão, válida para a temporada de 2011 do WTCC, que é estranha – ao mundo do automobilismo – mas que é muito justa, pelo menos na minha humilde opinião: simplesmente se pega os resultados completos do Q1 e essa sequência já define o grid da segunda prova.

Como é uma categoria de difícil ultrapassagem (motores similares, usam o chamado trofeo bigorna – que pune os melhores com pesos adicionais, para igualar carros diferentes -, muitas pistas de rua, naturalmente mais complicadas de se poder fazer uma ultrapassagem, etc), consideraram que também nãos seria justo colocar o oitavo colocado na primeira prova para largar de primeiro na segunda.

Assim, resumidamente, os dois grids de cada etapa do WTCC foram assim formados durante 2011:

1. Grid da primeira prova:

» os doze mais rápidos do Q2 + os que ficaram nas posições de 13 em diante do Q1

2. Grid da segunda prova:

» o resultado completo do Q1

Diferente, mas muito mais justo que as demais maquinações – exceto talvez a da Fórmula 3 Inglesa – que talvez seja o critério mais justo de todos (aguarde aqui um link para esse tópico, em breve!)

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Atualização para 2012:

A FIA decidiu revisar esse critério para 2012, com leve mudança para o grid da segunda prova do fim-de-semana. Assim, resumidamente, os dois grids de cada etapa do WTCC serão assim formados durante 2012:

1. Grid da primeira prova:

» os doze mais rápidos do Q2 + os que ficaram nas posições de 13 em diante do Q1

2. Grid da segunda prova:

» os Top 12 da primeira prova – com os dez primeiros formando o grid de forma invertida mais o 11º e 12º na mesma ordem da prova – mais os demais eliminados do Q1 na sequência daquele classificatório.

PS: para dar maior incentivo aos pilotos – para lutar por um melhor lugar no Q2, essa parte da classificação passou a oferecer uma bônificação em pontos, para os Top 5 do classificatório, a saber:

O 1º no Q2 ganha 5 pontos de bônus, o 2º ganha 4 pontos, o 3º ganha 3 pontos, o 4º ganha 2 pontos, e o 5º leva 1 ponto de bônus.

 

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