Analise da 1ª sessão de testes de pré-temporada da F-1

Testes coletivos de pré-temporada - F1 - 2016

Nesta semana, de 22 a 25 de fevereiro, foram realizados os primeiros testes coletivos de pré-temporada da Fórmula 1, no circuito espanhol de Montmeló, nos quais as onze equipes da temporada, com a estreia da americana Haas F1, puderam realizar seus primeiros ajustes nos carros novos para 2016, com exceção da Sauber, que usou um carro de 2015, pois sua programação está bastante atrasada.

Sabe-se que esses testes coletivos são – também – um jogo de esconder. As melhores não mostram todo o seu potencial, mas aquelas mais fracas, aproveitam para tentar aparecer bem na fita, e quem sabe atrair novos patrocinadores. Basicamente os tempos obtidos não são muito significativos, não podendo ser utilizados de forma simplista.

Resolvemos então coletar alguns dados que, juntos, podem dar uma visão mais clara da real situação – e suas perspectivas – para a nova temporada. Os indicadores escolhidos são:

  • quantas vezes liderou na tabela de tempos;
  • quantas vezes ficou dentro dos Top 5;
  • qual foi sua melhor colocação nos testes;
  • quantas voltas deu no total;

Dos indicadores selecionados, os de maior peso no cálculo do valor agregado de cada equipe são o primeiro, o segundo e o quarto, com o último tendo o peso maior, já que isso demonstra a capacidade do equipamento em se manter íntegro durante muito mais tempo (isto é, maior resistência e confiabilidade do conjunto).

Então vamos por a mão na massa, e tentar extrair o máximo dos resultados coletados nos quatro dias de testes desta semana.

Primeiro vamos aos resultados dos quatro dias:
» Veja abaixo os melhores tempos de cada piloto no 1º dia de testes:
1. Sebastian Vettel Ferrari 1:24,939s 69 voltas
2. Lewis Hamilton Mercedes 1:25,409 +0,470s 156
3. Daniel Ricciardo Red Bull/TAG Heuer 1:26,044 +1,105s 87
4. Valtteri Bottas Williams/Mercedes 1:26,091 +1,152s 80
5. Alfonso Celis Force India/Mercedes 1:26,298 +1,359s 58
6. Jenson Button McLaren/Honda 1:26,735 +1,796s 84
7. Carlos Sainz Toro Rosso/Ferrari 1:27,180 +2,241s 55
8. Marcus Ericsson Sauber/Ferrari 1:27,555 +2,616s 88
9. Pascal Wehrlein Manor/Mercedes 1:28,292 +3,353s 54
10. Romain Grosjean Haas/Ferrari 1:28,399 +3,460s 31
11. Jolyon Palmer Renault 1:29,356 +4,417s 37

» Veja abaixo os melhores tempos de cada piloto no 2º dia de testes:
1. Sebastian Vettel Ferrari 1:22,810s 126 voltas
2. Daniel Ricciardo Red Bull/TAG Heuer 1:23,525 +0,715s 112
3. Sergio Perez Force India/Mercedes 1:23,650 +0,840s 101
4. Nico Rosberg Mercedes 1:24,867 +2,057s 172
5. Marcus Ericsson Sauber/Ferrari 1:25,237 +2,427s 108
6. Esteban Gutierrez Haas/Ferrari 1:25,524 +2,714s 79
7. Valtteri Bottas Williams/Mercedes 1:25,648 +2,838s 134
8. Pascal Wehrlein Manor/Mercedes 1:25,925 +3,115s 71
9. Fernando Alonso McLaren/Honda 1:26,082 +3,272s 119
10. Jolyon Palmer Renault 1:26,189 +3,379s 42
11. Max Verstappen Toro Rosso/Ferrari 1:26,539 +3,729s 121

» Veja abaixo os melhores tempos de cada piloto no 3º dia de testes:
1. Nico Hulkenberg Force India/Mercedes 1:23,110 99 voltas
2. Romain Grosjean Haas/Ferrari 1:25,874 +2,764s 82
3. Kimi Raikkonen Ferrari 1:25,977 +2,867s 78
4. Kevin Magnussen Renault 1:26,014 +2,904s 111
5. Nico Rosberg Mercedes 1:26,084 +2,974s 74
6. Carlos Sainz Toro Rosso/Ferrari 1:26,239 +3,129s 161
7. Felipe Nasr Sauber/Ferrari 1:26,392 +3,282s 115
8. Lewis Hamilton Mercedes 1:26,421 +3,311s 88
9. Daniil Kvyat Red Bull/TAG Heuer 1:26,497 +3,387s 74
10. Felipe Massa Williams/Mercedes 1:26,712 +3,602s 109
11. Jenson Button McLaren/Honda 1:26,919 +3,809s 51
12. Rio Haryanto Manor/Mercedes 1:28,249 +5,139s 78

» Veja abaixo os melhores tempos de cada piloto no 4º dia de testes:
1. Kimi Raikkonen Ferrari 1:23,477 80 voltas
2. Daniil Kvyat Red Bull/TAG Heuer 1:24,293 +0,816s 96
3. Alfonso Celis Force India/Mercedes 1:24,840 +1,363s 75
4. Kevin Magnussen Renault 1:25,263 +1,786s 153
5. Max Verstappen Toro Rosso/Ferrari 1:25,393 +1,916s 110
6. Felipe Nasr Sauber/Ferrari 1:26,053 +2,576s 121
7. Nico Rosberg Mercedes 1:26,187 +2,710s 86
8. Lewis Hamilton Mercedes 1:26,295 +2,818s 99
9. Felipe Massa Williams/Mercedes 1:26,483 +3,006s 54
10. Esteban Gutierrez Haas/Ferrari 1:27,802 +4,325s 89
11. Rio Haryanto Manor/Mercedes 1:28,266 +4,789s 51
12. Fernando Alonso McLaren/Honda – – 3

» Veja abaixo o total de voltas que cada equipe percorreu nos quatro dias:
1. Mercedes deu 587 voltas
2. Toro Rosso deu 447 voltas
3. Sauber deu 432 voltas
4. Williams deu 377 voltas
5. Red Bull deu 369 voltas
6. Ferrari deu 353 voltas
7. Renault deu 343 voltas
8. Force India deu 333 voltas
9. Haas deu 281 voltas
10. McLaren deu 257 voltas
11. Manor deu 254 voltas

 

Então  vamos aos resultados, e nossas conclusões finais:

 

Equipes Dias Liderados Qtos Top 5 Melhor posição Voltas dadas Índice
Ferrari 3 4 1 353 28,6
Force India 1 4 1 333 22,2
Mercedes 3 2 587 21,7
Red Bull 3 2 369 17,0
Toro Rosso 1 5 447 11,7
Sauber 1 5 432 11,3
Williams 1 4 377 11,2
Haas 1 2 281 11,1
Renault 1 4 343 10,4
Manor 8 254 2,5
McLaren 9 257 1,6

Tabela com os indicadores selecionados e Índice calculado

 

Conclusões Finais:

Baseado na tabela acima consideramos que três equipes se destacaram, pelo menos na primeira sessão dos testes coletivos de 2016: Ferrari, Force India e Mercedes, sendo que dessas se destacou a Mercedes no quesito confiabilidade.

Meio que isolada, num grupo só com ela mesmo, apareceu a Red Bull. Boa velocidade mas confiabilidade menor são os valores que a colocam como a segunda força dessa sessão.

Depois um grupo bem compacto, com resultados bastante similares, incluindo a confiabilidade (onde alguns se destacaram um pouco mais que outros), e onde colocamos cinco equipes: Toro Rosso, Sauber, Williams, Haas e Renault – nessa exata ordem.

Finalmente ficaram devendo muito duas equipes: a nanica Manor e a ex-gigante McLaren – tanto pela baixa confiabilidade, como pelas baixas velocidades alcançadas ao longo dos quatro dias de testes.

Pontos de destaque:

Temos alguns pontos de destaque, que queremos deixar registrados aqui.

  • A melhoria significativa da Ferrari, que parece que desta vez vai realmente conseguir dar muito trabalho à Mercedes, na disputa pelo título de Construtora de 2016;
  • A possibilidade concreta da Mercedes ter escondido sua real velocidade nesta sessão;
  • Um pouco de desencanto com a real performance da Haas, de quem muitos esperavam mais, inclusive nós – mas, pelo menos, se mostraram um pouco superior à Renault, que retorna à F-1 como equipe;
  • A tristeza pelo que pode significar a baixa confiabilidade, e ainda muito fraca velocidade, da McLaren, que foi ainda pior que a nanica Manor;
  • A queda da Williams, equipe que em 2015 queria disputar o vice-campeonato com a Ferrari, mas que perdeu terreno de forma significativa. Pode ser que nesta temporada não chegue nem na quinta colocação.


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— FJPB —

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