Ferrari critica FIA por abrir espaço para equipes pequenas

A entrada de novas equipes no grid da Fórmula 1 neste ano não agradou nada mesmo a Ferrari. Na coluna “The Horse Whisperer” (“Cavalo que conta segredos”) em seu site oficial, a escuderia italiana criticou a FIA por permitir que nomes de pouco peso tivessem o direito de disputar a categoria.

O texto bem ácido, que vei com o título de “For Whom the Bell Tolls” (“Por quem os sinos dobram”, mesmo títuo de um famoso livro do escritor inglês Ernest Hemingway), critica a total falta de estrutura de equipes como a Campos Meta e a US-F1, que sequer lançaram seus carros – faltando menos de 20 dias para o início da temporada 2010.

“Das 13 equipes que estão inscritas, ou foram induzidas a isso, até agora apenas onze delas responderam o chamado, indo à pista, alguns mais tarde do que outros, e enquanto alguns andaram por poucos quilômetros, outros fizeram mais, mas em um ritmo reduzido. A 12ª equipe, Campos, teve sua estrutura transformada, de acordo com rumores de dentro do paddock, com uma injeção de dinheiro de um nobre cavalheiro, acostumado a fazer este tipo de resgate de última hora. No entanto, os beneficiários desta generoso cavalheiro podem achar que ele vá obrigá-los a serem vassalos em algumas questões. Tudo isso significa que é difícil imaginar o carro desenvolvido pela Dallara mostrando sua cara no circuito da Catalunha, sendo Sakhir (no Bahrein) um caminho mais provável para presenciar o retorno do nome Senna à F-1,” diz parte da coluna.

Com uma linguagem irônica, o texto estende suas críticas à US-F1 e à sombra feita pela Stefan GP, que ainda espera por uma improvável vaga neste ano.

“A 13ª equipe, USF1, parece ter se escondido em Charlotte, na Carolina do Norte, para a decepção de alguns, como o argentino (Jose Maria) Lopez, que pensava ter encontrado seu caminho para os paddocks da F-1 (com a ajuda da presidente Cristina Kirchner, segundo rumores), e agora tem de começar tudo de novo. Incrivelmente, eles ainda têm o descaramento de dizer que tudo vai às mil maravilhas. Depois, temos os abutres da Sérvia. Primeiros, eles se lançam em uma batalha quixotesca com a FIA, e depois pegam os ossos da Toyota em seu leito de morte. Com algumas pessoas a bordo, ao redor de quem está um passado com escândalos, agora eles estão às voltas esperando para substituir o primeiro a deixar o jogo, possivelmente com a ajuda do mesmo cavalheiro que mencionamos antes.”

As críticas não param por aí, e a Ferrari lembra ainda o ex-presidente da FIA, Max Mosley, acusado por ela de brigar com as montadoras no ano passado, para dar espaço para novas equipes.

A Ferrari ainda coloca no editorial: “Isto é o legado da Guerra Santa feita pelo ex-presidente da FIA. A causa em questão era encorajar pequenas equipes a entrarem na F-1. Enquanto isso, nós perdemos dois construtores nesse caminho, a BMW e a Toyota, enquanto, da Renault, não sobrou muito mais que apenas um nome. Tudo isso valeu a pena?” – encerra o editorial.

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