BANDEIRADA – VICENTE MAJÓ DA MAIA
ACONTECEU!:
Ora vejam! Aconteceu! Tivemos ultrapassagens nas apertadas ruas de Monte Carlo. Não dá para dizer que foi uma maravilha. Nem que foi um GP cheio de emoções. Porém, foi o melhor – em Mônaco – nos últimos quinze anos. Creio que rivaliza com aquele ganho pelo Olivier Panis, em 1996. Afinal de contas, o francês – em certo momento da prova – era o último colocado e acabou ganhando a corrida. No de domingo, tivemos boas brigas, mas – a liderança – foi de Sebastian Vettel. Mais uma vitória, rumo ao bi.
ARREGADOR:
No ano passado, Fernando Alonso foi até a última corrida disputando o título com uma Ferrari que era reconhecidamente apenas a terceira força do campeonato. Bem atrás da Red Bull e da McLaren. Agora, mais uma vez, parece carregar nas costas a Ferrari. Podem dizer o que quiserem deste comentário. Mas, a dependência que a equipe italiana tem do seu talento, parece igual a que tinha, quando da era Schumacher. Creio que – sem o espanhol – a Ferrari estaria atrás de mais gente no campeonato.
TRIO:
A F1 tem um trio de peso. Dos melhores que a categoria já teve: Vettel, Alonso e Hamilton. Estes três pilotos, com carros semelhantes e com este novo regulamento, estariam dando o maior show nesta temporada. Tem estilos diferentes. Mas, Alonso e Hamilton, são dois guerreiros. Não se entregam nunca. É disso que a principal categoria do automobilismo mundial precisa. De lutadores. De pilotos que não se limitem a ocupar espaço, sentar em “bancos” privilegiados.
CRITICADO:
Refiro Lewis Hamilton como um dos três fora de série da F1 atual, justamente num momento em que ele sofre critica pelo seu comportamento agressivo no GP Mônaco. Faço uma leitura diferente: ele – na verdade – estava inconformado por estar atrás. Lutou como pode para superar adversários visivelmente mais lentos. Ousou. Tentou. Errou. Não deu certo. Porém, foi um guerreiro na prova.
APOSENTADORIA:
Enquanto Lewis Hamilton tentava. Enquanto Fernando Alonso carregava a Ferrari nas costas. Enquanto Sebastian Vettel passeava… Alguns (muitos) corriam em direção à aposentadoria… Outros, nem deveria ter retornado dela…
ÓRFÃO:
O torcedor brasileiro e a grande mídia precisam de um novo piloto de ponta na F1. Estamos órfãos. Se um novo nome não aparecer em breve, a F1 pode correr o risco de perder espaço na televisão aberta. A grande mídia agüenta mais dois ou três anos. Se ninguém ocupar espaço de ponta….
URUGUAIANA, 01 DE JUNHO DE 2011.
