Morre Jules Bianchi, 9 meses após acidente no GP do Japão

Morreu nesta sexta-feira, 17 de julho de 2015, aos 25 anos, em Nice na França, o piloto de Fórmula 1 Jules Bianchi, após nove meses de agonia, e ainda em coma profundo após o gravíssimo acidente ocorrido no GP do Japão de 2014, realizado na pista de Suzuka no dia 5 de outubro.

O francês, nascido em Nice no dia 3 de agosto de 1989, não resistiu aos extensos danos causados em sua cabeça, quando seu carro se chocou contra um guindaste, que atendia o carro de Adrian Sutil, acidentado na volta anterior, e que estava manobrando na área de escape.

Atendimento ao piloto, no local do acidente em Suzuka

O comunicado do falecimento do jovem piloto – promessa na F-1, que já tinha contrato assinado para correr pela Sauber em 2015, e que poderia estar na Ferrari em 2016 – foi emitido pela família do piloto, nesta sexta-feira. Com esse trágico desfecho Bianchi encerra um longo período sem mortes de pilotos na Fórmula 1, que durava desde 1º de maior de 1994 – há 21 anos atrás, quando morreu Ayrton Senna.

» Confira aqui a biografia de Jules Bianchi

Foi na volta 43 daquela corrida que Bianchi perdeu o controle na curva 7 e acertou em cheio o guindaste que tinha entrado na área de escape para remover o carro de Adrian Sutil, que tinha batido na volta anterior.

Jules foi levado a um hospital em Mie e submetido a uma cirurgia de 4h. O boletim médico divulgado pela Marussia dois dias depois da batida, informou que Bianchi sofreu uma lesão axonal difusa, lesão devastadora e que em geral deixa suas vítimas em coma profundo e, definitivo.

Foram 21 anos sem que a Dona Morte levasse a vida de outro piloto na Fórmula 1, mas ela voltou a atacar e venceu sua sangrenta guerra. Os fatos que cercaram o acidente até hoje não foram adequadamente esclarecidos, interesses comerciais parecem que foram levados em maior consideração que os interesses da segurança dos pilotos – como sempre!

De grande coincidência é que os dois pilotos envolvidos em acidentes, separados, naquela fatídica curva, foram os únicos a darem pontos para as equipes nanicas neste século na Fórmula 1.Sutil obteve o único ponto da Spiker – no GP do Japão de 2007 – enquanto Bianchi deu os únicos dois pontos da Marussia (hoje Manor F1) – no GP de Mônaco de 2014.

Jules Bianchi é o 37º piloto a morrer na história da Fórmula 1, seja em treinos ou nas corridas.

Nós do SuperSpeedway damos nossos pêsames à família devastada pela dor da perda do filho, que era uma forte promessa para ingressar na Ferrari.