Os Títulos de Valentino Rossi

Valentino Rossi já tinha garantido o estatuto de lenda antes mesmo da conquista do título da MotoGP no ano de 2009, na pista de Sepang, mas a confirmação do nono título, em todas as classes da Motovelocidade, aumentou ainda mais seu prestígio. Mas este foi também o seu último título na classe rainha.

Contamos agora um pouco de cada uma dessas conquistas, e sua passagem por quatro diferentes marcas – pela Yamaha passou duas vezes. Vamos à elas:

Primeiro Campeonato, nas 125cc

Foi no ano de 1996 que o italiano estreou na Motovelocidade através da menor das classes, a Moto125cc, e foi nessa mesma categoria que conquistou o primeiro Campeonato do Mundo no ano de 1997, quando tinha 18 anos de idade.

Em sua segunda campanha Rossi venceu 11 Grandes Prêmios – foram 13 pódios no total – e garantiu o título correndo com a Aprilia. Foi em Brno, onde terminou em terceiro atrás de Noboru Ueda e Tomomi Manako, que Rossi foi coroado Campeão de 1997, de forma bem antecipada, quando ainda faltavam três corridas para o final da temporada.

A celebração do jovem italiano deu uma ideia do que estaria para vir ao correr nas pistas com um número 1 gigante preso às suas costas. Valentino Rossi tinha apenas chegado. Muito mais estaria ainda por vir…

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O Título de Rossi nas 250cc

Valentino Rossi precisou de uma temporada para se acostumar às 250cc, tal como já tinha acontecido nas 125cc, antes de garantir o Campeonato do Mundo, mas na temporada de estreia na categoria intermédia o vice-campeonato foi um resultado impressionante na primeira tentativa de levar a taça.

Tendo terminado em segundo atrás de Loris Capirossi em 1998, no ano seguinte Rossi bateu o compatriota italiano – que terminou em terceiro na geral – com Tohru Ukawa ficando em segundo.

O Rio de Janeiro foi o local onde Rossi obteve o segundo Campeonato do Mundo, isto numa temporada onde somou nove vitórias e um total de 12 pódios com a moto da Aprilia. Ao terminar a corrida de Jacarepaguá na primeira posição, com Ukawa e Capirossi completando o pódio, Rossi tornou-se campeão com uma prova de antecipação.

Para dar mais força à sua crescente reputação, os festejos do jovem de 20 anos foram com um “Anjo da Guarda” em sua moto.

O terceiro título de Rossi – no fim das 500cc na MotoGP

Quando Valentino Rossi chegou à categoria máxima da Motovelocidade já tinha criado um padrão e não se tratava apenas de vitórias. Tal como tinha feito nas 125cc e nas 250cc, o homem de Tavullia necessitou apenas de uma temporada na categoria antes de conquistar o Mundial no segundo ano.

A entrada de Rossi nas 500cc com a Honda viu-o lutar diretamente com Max Biaggi e a rivalidade entre ambos foi memorável. Terminando em segundo na temporada de estreia, um lugar à frente de Biaggi, Rossi conquistou o Campeonato no ano seguinte, com os compatriotas italianos Biaggi e Loris Capirossi em segundo e terceiro, respectivamente.

Garantindo o título de 2001 em Phillip Island com uma vitória e batendo Biaggi sobre a linha de chegada por apenas 0,013s, a temporada de Rossi com 11 vitórias (13 pódios no total) fez dele o último Campeão do Mundo de 500cc da história com duas corridas ainda pela frente e marcou ainda o início de uma sequência de cinco títulos consecutivos na categoria principal.

Os anos Honda de Rossi

O ano de 2002 foi o primeiro das motos com motores de 4 tempos na MotoGP, mas isto não fez nenhuma diferença para Valentino Rossi, que continuou vitorioso na nova era da categoria máxima da Motovelocidade, depois de ter conquistado o Campeonato do Mundo das 500cc na temporada anterior.

O segundo título dentro de uma sequência de cinco consecutivos, na categoria máxima, para Rossi surgiu no Rio de Janeiro, numa temporada em que Rossi somou 11 vitórias e esteve no pódio em 15 das 16 corridas disputadas – a única exceção foi o GP disputado em Brno.

A temporada seguinte seria a última de Rossi com a Honda e terminou a ligação com muito estilo ao terminar no pódio em todas as corridas de 2003.

Pelo caminho venceu nove corridas, garantindo o título em Sepang (Malásia) com um desses triunfos e o lema das suas celebrações foi “Condenado a Vencer”.

Os anos Yamaha de Rossi

A mudança da Honda para a Yamaha não atrapalhou o ritmo de vitórias de Rossi, já que ele garantiu desde logo os quarto e o quinto títulos na categoria máxima da Motovelocidade, agora com a Yamaha.

Sem perder tempo na adaptação ao protótipo Yamaha, Rossi ganhou a primeira corrida de MotoGP na temporada de 2004 com a sua nova máquina em Welkom e somou 11 pódios – incluindo nove vitórias – a caminho da glória. “Que espectáculo” foi o slogan na sua camiseta quando conquistou o título em Phillip Island.

No ano seguinte ganhou mais uma coroa e apresentou mais uma memorável festa. A Branca de Neve e os Sete Anões juntaram-se a Rossi na pista de Sepang para o ajudarem a celebrar o sétimo título Mundial numa temporada em que somou 11 vitórias.

“Desculpem o atraso” foi o lema da festa em Motegi em 2008, com Rossi recuperando o título depois de dois anos em que batido por Nicky Hayden e por Casey Stoner, respectivamente. Nove vitórias e um total de 13 pódios são os números que o levaram ao oitavo Campeonato do Mundo.

Aos 30 anos o sucesso parecia não se afastar de Rossi, com o italiano lutando diretamente com o competitivo rival e companheiro de equipe Jorge Lorenzo ao longo de 2009 para garantir o nono título Mundial em Sepang com o slogan desta vez sendo “Galinha velha dá boa sopa.”

Mas a temporada de 2010 praticamente começou com uma forte queda de Rossi, no GP de Le Mans (França), que o manteve afastado das pistas por quatro GPs, e sofrendo ainda dores no ombro ferido por toda a temporada. Mesmo assim ainda assegurou a terceira colocação final.

Os anos Ducati de Rossi

A mudança da Yamaha para a Ducati aconteceu perto do final da temporada de 2010. Os anos Ducati de Rossi, que começaram em 2011, com o piloto já atingindo a idade de 32 anos (16 de fevereiro), foram de parcos resultados, com Valentino finalizando as duas temporadas por lá em sétimo e em sexto.

Primeiro por que a Ducati não esta no mesmo nível da Yamaha ou da Honda, segundo porque Rossi ainda sentia dores em seu ombro, tanto que declarou no início do ano, que perdia quase 0,5s por volta, por causa das dores.

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A volta à Yamaha

Rossi simplesmente não se encontrou na Ducati, tanto que já em 2013 se mudou novamente para a Yamaha, onde permanece até hoje, isto é, na temporada de 2018 da MotoGP. Foram mais cinco temporadas na equipe, onde ele também não voltou a conquistar um novo título, porém, onde foi – por três vezes consecutivas – vice-campeão.

Mas já com 38 anos, Rossi caiu de rendimento em 2017, concluindo a temporada apenas na quinta colocação. Mas o italiano afirmou que voltaria a dar a volta por cima em 2018, o que de fato ocorreu, já que terminou a temporada na terceira colocação. Entretanto Valentino só conseguiu um segundo lugar isolado, no GP da Alemanha.

Em 2019 entretanto a situação piorou, sem o mínimo de ajuda da fraca e difícil de ajustar moto da Yamaha, que só venceu duas vezes, mas pelas mãos do espanhol Maverick Vinhales. Valentino terminou na sétima colocação, e se previa que se aposentaria ao final da temporada de 2020. Mas o italiano disputa agora a temporada 2021 e eventualmente poderá disputar uma última temporada, em 2022, quando vai colocar uma equipe – a VR46 – na MotoGP.

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A grande draga – o ocaso de um grande campeão

Mas Valentino já completou 1500 dias – agora, no dia 03 de agosto – sem conseguir uma única vitória. É um verdadeiro ocaso de uma lenda, e um grande campeão, que entretanto ainda não quis, e mostra não querer, abandonar um esporte que o levou aos píncaros da glória.

Após a vitória no GP da Holanda de 2017, Valentino já disputou outros 70 GPs, sem conseguir mais do que 10 pódios, muito pouco para um grande campeão.

Será que ele vai querer mesmo continuar em 2022? Quando com uma equipe nova e pequena não terá muitas condições de sair por cima. Valerá a pena não saber o momento certo de se aposentar?

A resposta de Valentino veio dois dias após ter escrito esta matéria:
O grande piloto de motos italiano anunciou que vai se aposentar ao final desta temporada de 2021.

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1 comentário

    • Jorge Alturas de Carvalho em 18/10/2023 às 02:53
    • Responder

    Rossi e Randy Mamola, dous verdadeiros pilotos… nao são ” motoqueiros”! São como eu, adoram e adoravam andar de moto…. muitos parabéns… Tudo de bom

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