Qual o Futuro da F-E após saída da Audi e BMW?

Neste começo de dezembro dois anúncios abalaram a Fórmula E: duas fabricantes alemãs, a Audi e a BMW vão se retirar da categoria após o final da próxima temporada de 2021.

Duas das maiores fabricantes automotivas do mundo e que, paradoxalmente, estão imbuídas em um profundo mergulho no terreno dos carros elétricos, onde na Europa a fabricação de motores à combustível fóssil ser[a proibida a partir de 2030.

Então porque elas se retiram? A Fórmula E não seria uma vitrine excelente para quem quer desenvolver a tecnologia de carros elétricos? Ou será que os benefícios e lucros potenciais da F-E não estão à altura de tantos desafios?

Já falamos aqui que se a intenção fosse mesmo desenvolvimento de carros elétricos para os motoristas usarem em seu dia-a-dia, a Fórmula E não deveria ter usado carros de fórmula. Ninguém usará um carro de fórmula nas ruas de qualquer país do mundo. Já, por exemplo, a Jaguar eTrophy, de carros turismo, é uma categoria muito mais conveniente: um motorista poderia comprar um carro quase igual e dirigir pelas ruas das cidades e estradas europeias ou norte-americanas sem nenhum problema.

Toto Wolff, chefe da equipe Mercedes de Fórmula 1, agregou sua opinião: “Bem, é certamente um solavanco bem forte se dois construtores oficiais saem do campeonato. Mas acho que é bom eles terem feito isso com uma temporada completa ainda por cumprir. Mas eles tem os motivos deles, que temos de respeitar. Afinal, todos os campeonatos de esporte motorizado precisam de retorno ao investimento e se esse cálculo não funciona para ti é perfeitamente legítimo decidir sair”, disse em conferência de imprensa.

Wolff acrescentou uma dica importante: “A Fórmula E tem de aprender e, desde já, acelerar a introdução de um limite de custos. Sempre fomos um construtor que permaneceu leal à competição. Estivemos 30 anos no DTM. Estamos na Fórmula 1 há muito tempo como fornecedores de motores e como equipe há dez anos. Acho que é importante entender que se tem de passar pelos baixos para se chegar aos altos. Acho que o positivo da situação é que a Fórmula E irá progredir nas aprendizagens: por que é que estes dois estão saindo?, há algo que possamos fazer? Penso que o teto orçamentário precisa de ser implementado o mais breve possível, de forma semelhante à Fórmula 1.”

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