Fórmula 1 e a segurança após a nova direção

A segurança na Fórmula 1 – ditada por regras da FIA – nunca foi muito séria, até que o inaceitável aconteceu num 1º de maio, no fatídico ano de 1994. Aí tudo pareceu mudar depois.

As mortes de Roland Ratzenberg no dia anterior, no classificatório para o GP de San Marino (em Imola), e depois a de Ayrton Senna na própria corrida, acenderam todos os sinais de alerta, e a FIA e, principalmente, a Fórmula 1 começaram a mudar radicalmente, incrementando a segurança, levando-a para níveis inimagináveis anteriormente.

Quando Bernie Eclestone assumiu a Fórmula 1 ele continuou pensando muito na segurança, tanto que por 21 anos nenhuma outra morte ocorreu.

Mas há muito pouco tempo, um grupo norte-americano comprou os direitos da Fórmula 1, e a cada ano estão fechando mais e mais os olhos para a segurança. Novos circuitos estão aparecendo, tais como o da Arábia Saudita e agora de Miami, onde o que se vê são curvas apertadas e cegas, sem áreas de escape para garantir a segurança de pilotos que andam à mais de 250 km/h.

Imagino que tudo pelo dinheiro.!

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No TL3 para o GP de Miami, além de se ver a repetição de pistas desenhadas pela empresa de Tilke, nunca projetadas para corridas reais de carros de fórmula, com os problemas citados acima (lembrando: curvas estreitas, cegas, sem área de escape), vimos algo ainda mais inaceitável, na batida de Esteban Ocon.

Conforme relato do próprio piloto, foi um impacto de 51G de forças de desaceleração, numa barreira não de TecPro, mas sim de … Isopor. Ocon classificou de inaceitável não existir tal tipo de barreira naquela curva – lembrando que a maioria dos circuitos ao redor do mundo já usa esse material de forma extensiva.

Depois dele outros pilotos, como Sergio Perez e Fernando Alonso declararam que a superfície da pista está fora dos padrões da FIA e que é uma piada. Declarando que quem tentar passar fora do trilho, pegará uma superfície muito escorregadia.

Mas por que num evento tão cheio de dinheiro, com o mais barato ticket de entrada acima dos $ 600, se economizaria dinheiro na segurança? Porque os organizadores pagaram muito para a FIA e para a prefeitura local para poder ter o direito à realizar o “show”. Segurança? quem se importa?

A FIA fez inspeção prévia, não viu isso? a Fórmula 1 idem, também não viram isso? O que importa é o espetáculo, a segurança só a do retorno monetário é que interessa. Só querem saber de lucros – e a segurança, infelizmente, custa muito.

Será que teremos que ter alguém gravemente ferido, ou morto, para que se tirem essas pessoas da organização, e se retorne ao espírito de aventura mas com segurança?

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