A IndyCar anunciou, nesta sexta-feira, que a 107ª Indy 500 vai dar apenas a pontuação normal das outras etapas, terminando com nove anos de pontuação dobrada que vinha desde 2014.
Nessa corrida o vencedor recebia 100 pontos pela vitória (contra apenas os 50 pontos normais das demais etapas, o segundo recebia 80 pontos (contra os 40 normais) e assim por diante. Não foi esclarecido se a pontuação de bônus especial para os nove primeiros no grid vai continuar, ou se também será extinta.
A argumentação da organização da categoria é de que, nesses nove anos de pontos em dobro, nenhum vencedor da Indy 500 se tornou campeão daquele ano, mesmo recebendo esses pontos em dobro. E pelo contrário essa pontuação em dobro só penalizava os pilotos de tempo integral, que tivessem uma fraca corrida em Indianápolis.
Com certeza a primeira afirmação é correta, entretanto a segunda mais parece uma desculpa – esfarrapada – para justificar algo que não prejudicou ninguém – só como exemplo: se um piloto fosse 20º numa Indy 500, levaria 20 pontos, mas agora levará apenas os 10 normais. Onde está o prejuízo para qualquer um?
» Confira os vencedores das últimas Indy 500 e os campeões da temporada:
Ano | Vencedores da Indy 500 | Campeões naquele Ano | Colocação do vencedor da Indy 500 |
2014 | Ryan Hunter-Reay | Will Power | 6º |
2015 | Juan Pablo Montoya | Scott Dixon | 2º |
2016 | Alexander Rossi | Simon Pagenaud | 11º |
2017 | Takuma Sato | Josef Newgarden | 8º |
2018 | Will Power | Scott Dixon | 3º |
2019 | Simon Pagenaud | Josef Newgarden | 2º |
2020 | Takuma Sato | Scott Dixon | 7º |
2021 | Helio Castroneves | Alex Palou | 22º |
2022 | Marcus Ericsson | Will Power | 6º |
Fica claro que se houve algum tipo de injustiça foi apenas nos anos de 2016 (com Alexander Rossi) e 2021 (com Hélio Castroneves), quando os vencedores tiraram algum proveito desse específico resultado, contra uma campanha muito mais fraca no geral de cada um.
