McLaren e Alonso: projeto todo errado para a Indy 500 de 2019

Depois de sua participação na Indy 500 de 2017, quando correu com um carro preparado pela Andretti Autosport, e onde quase venceu – pois estava liderando a prova a menos de 40 voltas do final quando o motor de seu carro quebrou – Fernando Alonso entrou novamente nessa disputa para a edição de 2019, junto com a Mclaren, mas agora com um carro preparado pela fraca e inexperiente Carlin – que só estreou na categoria no ano passado. O resultado? a vergonha da eliminação no Bump Day.

Assim, sem nem ir para a corrida, o espanhol, bi-campeão na Fórmula 1, adiou mais uma vez seu projeto de vida, que é o de conquistar a tríplice coroa (qual seja: vencer em Mônaco, na 24 Horas de Le Mans, e na Indy 500). E tudo isso aconteceu porque a McLaren não quis pagar o preço de um novo contrato com a Andretti Autosport ou um com a Ed Carpenter Racing, porque ambos eram muito caros. Preferiu economizar com a Carlin, que não tem experiência maior com ovais e mais ainda com o circuito desafiador de Indianápolis.

Vamos comparar o grid definitivo da Indy 500, com relação à essas três equipes em específico:

  1. A Andretti veio com cinco carros, e todos se classificaram – seus três melhores ficaram em P9, P10 e P11 ;
  2. A Ed Carpenter colocou três de seus carros em P2, P3 e P4;
  3. A Carlin não conseguiu classificar três de seus carros (com Alonso, Pato Oward e Max Chilton), e apenas o de Charles Kimball se classificou (em P20);

Fica claro, completamente transparente para todos mesmo, que a escolha no custo mais baixo não trouxe nenhum resultado, foi o maior fiasco da história do Bump Day da Indy 500.

Apostaram num cavalo paraguaio!

Até mesmo a Juncos Racing, equipe que veio com um único carro, que foi pilotado por Kyle Kaiser, sem patrocinador algum – perdeu seus poucos patrocinadores na semana passada, e que ainda teve um sério acidente nos treinos livres para a Indy 500, que destruiu totalmente seu único carro -, conseguiu se classificar. Aliás exatamente foi o piloto norte-americano Kyser quem jogou o bi-campeão Alonso para o limbo.

Outro exemplo foi com a desconhecida equipe Clauson Marshall Racing, que pilotada pela pilota Pippa Mann – que não corre na categoria regularmente desde os tempos de Champ Car, e que pela IndyCar correu apenas em poucas corridas esparsas em 2011 (4 provas no total), em 2013 (4), em 2014 (1), em 2015 (6), em 2016 (2) e em 2017 (1), sem nunca ter conseguido um único Top 10 – conseguiu entrar no grid da Indy 500 – em P30.

Que a equipe aprenda com seus erros de 2019, para não repetir tal fiasco no futuro. Automobilismo em seu mais alto nível, nunca foi barato, e escolher uma preparação por economia, foi totalmente errado, e sem nenhum sentido lógico.

Por enquanto a única ação adotada foi a demissão do Diretor do Projeto Indy, Bob Fernley, que já foi chefe de equipe da Force India, na Fórmula 1. Fernley assumiu o lugar de Gil de Ferran, que virou diretor-esportivo da equipe de Woking na F1.

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