Como se define o Grid da Indy 500

Nova mudança no formato das sessões de classificação para a Indy 500 de 2022. Pela primeira vez o formato se tornará mais parecido com os formatos que praticamente todas as categorias utilizam.

Dentro de poucos dias estaremos vendo mais uma famosa prova da IndyCar sendo disputada – aquela de prêmios milionários, a que tem o maior grid da categoria, e que tem seleção para eliminar pilotos acima dos 33 mais rápidos.

Mas embora nada possa ser simples quando falamos da Indy500, o objetivo não é esse, mas no final temos uma definição bastante interessante do grid – do jeito americano de ser – em 2022 teremos um métodp novo, e agora bem mais próximo do que é utilizado nas demais etapas da categoria.

O processo de seleção do grid, que já foi bem mais complexo, ainda hoje é desconhecido de muitos que gostam de automobilismo, mas estão mais afeitos aos campeonatos europeus.

Então vamos juntos entender como funciona o sistema de classificação para essa famosa prova, no material abaixo, dividido em três partes: o SISTEMA ATUAL, como era entre 2010 e 2013 e como era o SISTEMA ANTERIOR, que valeu até 2009.

As definições abaixo são as utilizadas na temporada de 2014, quando uma terceira formatação de classificação foi introduzida pela categoria. Você também poderá conferir as definições anteriores: as utilizadas desde a temporada de 2010 até 2013 da IndyCar, e a primeira definição, que durou até 2009, para a definição do grid da mais famosa prova do automobilismo norte-americano de carros de fórmula.

Como será para 2023

Os classificatórios se iniciam no sábado, dia 21 de maio, com 5:50h de duração, terminando no domingo, dia 22, com as duas sessões finais. Vamos à agenda de 2022:

  • sábado – das 13:00h às 18:50h – Q1 – aqui se definirão as posições do grid a partir da 5ª fila (isto é da 13º até a 30ª)
  • domingo – a partir das 15:00h – Q2 – aqui se definirão as posições das filas #3 e #4 (isto é da 7ª à 12ª posição do grid)
  • domingo – das 17:00h às 18:00h – Last Chance ou Bump Day – se define a última fila e quem ficará de fora dessa prova
  • domingo – a partir das 18:10h – Q3 ou Fast Six – aqui se definirão as posição das duas primeiras filas (isto é da pole à 6ª posição do grid)

O pole, além de receber um prêmio em dinheiro (US$ 100.000) também receberá um bônus de 12 pontos. Para os demais dentro dos Top 12, os bônus serão decrescentes desde o P2, que receberá 11 pontos, até o P12, que receberá 1 ponto.

Q1: Sessão define os pilotos da 5ª à 10ª fila

Q2: Sessão define os pilotos da 3ª e 4ª filas

Last Chance ou Bump Day

Q3: Sessão define o pole e os pilotos da 1ª e 2ª filas


Como foi entre 2014 e 2018:

A partir de 2014 foi introduzida a terceira formatação, para a definição do grid da Indy 500, introduzida com o objetivo de dar maior emoção e simplicidade ao antigo formato, e trazer esse formato mais para perto do restante das categorias do automobilismo.

O mesmo continua valendo para esta etapa de 2016 da Indy 500. Para começar tudo se resolverá num único fim de semana, o que vem logo antes da data da prova, em três eventos (horários são atualizados para 2016):

» no sábado é o Qualy Day (das 13:00 às 18:00h):
– todos os carros vão para a pista, e poderão dar pelo menos 4 voltas lançadas consecutivas;
– os nove mais rápidos, passam direto para o Fast Nine Shootout, ao final do domingo;

» no domingo é o Pole Day  (das 15:45 às 17:00h):
– os 24 pilotos, que ficaram entre as posições 10 e 33 no sábado, vão para a pista;
– os seus tempos de domingo determinarão suas posições de largada (de 10º à 33º);

» no domingo do Pole Day (das 18:00 às 18:30h) – no Fast Nine Shootout:
– os nove mais rápidos do sábado vão para a pista, e dão 4 voltas lançadas consecutivas;
– seus tempos determinarão a pole e a ordem das três primeiras filas do grid (portanto do 1º ao 9º lugares);

Como foi entre 2019 e 2021:

Esquema dos Qualis #1 e #2 a partir de 2019
(clique para ampliar)

O esquema ao lado altera levemente o esquema anterior. Seu principal ponto é que agora já se sabe as posições a partir da quarta fila (posições de 10º ao 33º do grid) no próprio Quali #1, isto é, no sábado anterior à semana da corrida.

Ficam para o domingo seguinte as definições do grid das três primeiras filas (do pole ao nono colocado), além de haver a disputa do Bump Day, quando pilotos fora dos 33 melhores tem sua última chance (e em apenas uma única volta) de entrar – logicamente eliminando algum dos últimos colocados entre os 33 – daí o nome Bump Day.


Bônus de Classificação

Os bônus de classificação, pelos resultados de cada piloto nas classificações para a corrida, também mudaram, e foram assim distribuídos em 2014 e 2015:
– ao final da sessão do sábado:
o vencedor receberá 33 pontos, o 2º levará 32 pontos, o 3º terá 31 pontos e assim por diante, até o 33º que receberá 1 ponto.
– no Fast Nine Shootout:
o pole receberá +9 pontos, o 2º +8 pontos, o 3º +7 pontos, e assim por diante, até o 9º no grid, que terá mais 1 ponto antes mesmo de iniciar a grande prova.

Para 2016 em diante os pontos de bonificação mais acima foram unificados para os Fast Nine, e os valores são:

O pole recebe 42 pontos; o segundo recebe 40; o terceiro 38 … e assim por diante, até o nono, que recebe 26 pontos; do décimo em diante o bônus começa em 24 pontos e vai decaindo de um em um ponto até o 33º no grid, que recebe um ponto.

Entretanto como essa pontuação na classificação acabava distorcendo a pontuação final do campeonato, após a corrida, a organização deu uma grande tesourada e, já a partir da edição de 2018 apenas os Fast Nine é que levam pontos de classificação para a Indy 500: o pole levará 9 pontos, já os demais vão recebendo 1 ponto à menos, até o nono, que leva apenas 1 ponto de classificação. Bem mais lógico e coerente.

E como pode ser visto acima, pela sexta vez na história da categoria, a escolha do pole é a última sessão a ser disputada.

Como foi entre 2010 e 2013:

As definições que você vai ler agora são as utilizadas a partir da temporada 2010, antes – as que foram utilizadas até a temporada de 2009 da IndyCar, para a definição do grid da mais famosa prova do automobilismo norte-americano de carros de fórmula – você pode ver ao final deste artigo.

A partir de 2010, com o objetivo maior de reduzir custos por causa do grande número de treinos previstos, a IRL alterou significativamente o modo como se define o grid, que é válido até hoje.

Tudo agora acontece na semana anterior à da prova. Vários treinos livres – um por dia, desde o domingo da semana anterior.

Depois, no sábado é realizado o POLE DAY, quando se definem a ordem do grid até o 24º colocado no grid.

O Pole Day é dividido em duas partes. Na primeira, que tem duração aproximada de 5 horas, todos vão para a pista – mas de forma individual. Aqui se definem os pilotos que largarão da 10ª à 24ª posição do grid.

Na segunda parte, ainda no sábado, mais 90 minutos com os nove melhores pilotos da primeira parte – a Super Pole. Com quatro voltas para cada piloto – como na primeira parte – se definem então do pole até o nono colocado.

Finalmente, no domingo, é realizado o BUMP DAY, quando os demais pilotos – os que ficaram acima do 24º tempo no sábado – fazem suas últimas tentativas de se classificar – já que apenas 33 vagas estão disponíveis para a largada da Indy 500. Nesse dia, portanto, são definidas as posições de 25º à 33º do grid.

Na semana seguinte nenhum evento de pista é realizado, apenas um treino livre é permitido – como se fosse um Warm-up, e chamado de CARB DAY – que é realizado na sexta-feira anterior à prova.

Finalmente foi alterado o sistema de pontuação dos treinos de classificação para esta prova. Agora são dados desde 15 pontos para o pole até 3 pontos para o 33º colocado no grid:

1º= 15 pontos; 2º= 13; 3º= 12; 4º= 11; 5º= 10; 6º= 9; 7º= 8; 8º=7 e 9º= 6 pontos (na Super Pole)
do 10º ao 24º no grid = 4 pontos (no Pole Day)
do 25º ao 33º no grid = 3 pontos (no Bump Day)

Como Era Antes de 2010:

Sendo uma das provas de maior grid num oval, dentro da IndyCar, a Indy 500 tem regras bem diferentes para o treino de classificação. Note, entretanto, que o procedimento abaixo foi válido até a temporada de 2009 – após o procedimento foi encurtado e alterado, ficando como indicado na resposta mais abaixo.

Primeiro que não é apenas UM treino, mas sim três – ou quatro veja mais abaixo – depois que os primeiros colocados no grid são definidos primeiro, e não por último como nas demais categorias que usam um sistema de Super Pole.

Veja agora as regras gerais e o calendário dos treinos:

» Na 1ª semana completa de maio:
domingo e segunda-feira:
– das 13h às 18h – Treinos de orientação dos novatos

de terça à quinta:
– das 13h às 19h – Treinos livres

sexta-feira (FAST FRIDAY):
– das 13h às 19h – Treino livre

sábado (POLE DAY):
– das 10h às 12h – Treino livre
– das 13h às 19h – Primeiro Classificatório (define do 1º ao 11º lugar)

» Na 2ª semana completa de maio:
domingo:
– das 11:15 às 12:15 – Treino livre
– das 13h às 19h – Segundo Classificatório (define do 12º ao 22º)

quarta, quinta e sexta-feira:
– das 13h às 19h – Treinos livres

sábado:
– das 11:15 às 12:15 – Treino livre
– das 13h às 19h – Terceiro Classificatório (define do 23º ao 33º)

» Na 3ª semana completa de maio:
domingo (BUMP DAY):
– das 11:15 às 12:15 – Treino livre
– das 13h às 19h – Classificação (possível última vaga)

sexta-feira (CARB DAY):
– das 12h às 13h – Treino livre
– das 14:30 às 16h – Desafio de pit stops

DOMINGO DE PROVA:
– início às 14h – 500 Milhas de Indianápolis (em 200 voltas)

É isso: confuso, invertido, mas sem igual (como Mônaco na Fórmula 1)

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3 menções

  1. […] Quer relembrar como se define o Grid da Indy 500? clique aqui! […]

  2. […] A definição do grid é algo que só a Indy 500 entrega no mundo dos esportes a motor em todo o mundo, mas você poderá conhecer melhor o esquema central desse processo que envolve dois dias de classificatórios, além de um Bump Day, para eliminar os carros além do limite das 33 vagas clicando aqui. […]

  3. […] 33 carros inscritos, não será necessário disputar o chamado Bump Day, onde as últimas tentativas de entrar entre as 33 vagas disponíveis era tipo um “pega para […]

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