O Rali Dakar 2020, que se vai mudar para a Arábia Saudita, será realizado entre 5 e 17 de janeiro, num percurso com 12 etapas que inicia em Jeddah e termina no futuro complexo de Al-Qiddiyah. Haverá um dia de descanso, no meio do trajeto no dia 17, na capital Riade.
A apresentação dos detalhes acerca da 42ª edição do Rali Dakar – a primeira da história do mais famoso rali Croos-Country do Mundo na Arábia Saudita, após 11 edições consecutivas na América do Sul – , com a organizadora ASO junto aos representantes do governo saudita, definiu os últimos detalhes.
O percurso, que originalmente teria mais de 9.000km, entre regiões desabitadas, zonas montanhosas e dunas de elevadas dimensões (algumas das de Rub al-Jali podem atingir os 250 metros de altura), ficou definido como sendo de 7.856 km – com as doze especiais perfazendo um total de 5.097 km cronometrados, a maior extensão do Rali Dakar na era moderna.
Nomes de peso confirmados entre os participantes
- Nos carros estarão Carlos Sainz, Giniel de Villiers, Nani Roma, Stéphane Peterhansel e o piloto da casa Yazeed Al-Rahji. Nasser Al-Attiyah, Giniel de Villiers e Martin Prokop também já estão confirmados, entre os 87 inscritos;
- Nas Motos estarão Toby Price, Sam Sunderland, Kevin Benavides, Joan Barreda Bort, Laia Sanz, no total são 148 inscritos;
- Nos Quadris Ignacio Casale, Rafal Sonik, Alexandre Giroud entre os 23 inscritos;
- Nos UTVs Francisco Lopez Contardo, Farres Guell, Cyril Despres, Camelia Liparoti entre os 45 inscritos;
- Nos Trucks Eduard Nikolaev, Dmitry Sotnikov, Ales Loprais, Siarhei Viazovich, que correram entre um total de 46 inscritos;
- E veremos a estreia do espanhol Fernando Alonso, à bordo de um Toyota Hilux, que terá como navegador – nada mais, nada menos – que o pentacampeão Marc Comá.
Pelo Brasil apenas haverá dois representantes. Nas Motos Antonio Lincoln Berrocal e nos UTVs o campeão Reinaldo Varela.
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Dada a natureza do terreno saudita, a maior parte do percurso será sobre dunas de areia – similar ao Dakar de 2019, realizado apenas dentro do território do Peru – à medida que os competidores enfrentam o deserto de Rub’ al Khali.
O diretor de rali, David Castera, comentou: “Para um explorador nascido como o Dakar, um fascinante e excitante terceiro capítulo do Dakar se abre”.
O acordo para a Arábia Saudita sediar o Dakar é entendido como sendo de cinco anos, embora isso não exclua outros países de se juntarem à rota a qualquer tempo nos próximos anos.
Uma regra criada para esta edição do Dakar na Arábia Saudita, é a chamada “Dakar Experience” que permite que um piloto, que tenha abandonado uma especial – o que encerraria sua participação no restante do rali – volte à disputa. Assim o piloto poderá continuar ganhando experiência neste tipo de rali ou, para quem já tenha experiência, mostrar “serviço” para seus patrocinadores, permitindo uma abordagem muito agressiva pelo piloto, o que pode até dar a ele uma ou outra vitória, já que ele não precisa mais se preocupar em manter seu veículo, já que não está mais elegível a se classificar na geral do Dakar.
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