Stock Car retorna ao uso do etanol

Numa coletiva de imprensa que aconteceu nesta segunda-feira, Carlos Col, ex-piloto e presidente da VICAR, empresa organizadora e promotora da Stock Car, anunciou dentre outras medidas de preservação do meio ambiente, que todas as categorias que compõem o evento Stock Car, utilizarão o etanol como combustível em substituição à gasolina.

Na realidade está medida de real importância ecológica e ambiental, é um retorno da categoria ao uso desse combustível renovável, uma vez que há exatamente 30 anos atrás, a Stock Car começou a utilizar o etanol em substituição à gasolina. Mas, existe uma grande diferença entre essas duas épocas, por que em 1979 o governo militar, em função da crise do petróleo, proibiu a utilização da gasolina em competições automobilísticas e o etanol surgiu como uma alternativa permitida.

A Stock Car utilizou o etanol por vinte e um anos consecutivos e somente em 2000, com o advento dos motores V 8 importados dos Estados Unidos, que originariamente foram concebidos para uso de gasolina, a categoria abandonou o uso do combustível limpo e renovável. Agora em parceria com a UNICA – União da Indústria de Cana de Açúcar, que é fornecedora oficial do etanol utilizado na IndyCar, a Stock Car utilizará apenas etanol em suas competições em todo o território brasileiro.

O anunciado retorno da Stock Car para o uso do etanol é uma decisão de enorme valor ambiental e político, na medida em que a categoria dá um passo verdadeiro para o enfrentamento do problema do aquecimento global, que está afetando terrivelmente a população mundial. Não existe outra saída, ou nos conscientizamos da obrigatoriedade de buscarmos alternativas para as emissões de carbono, ou em pouquíssimo tempo não teremos mais oportunidade de contermos o superaquecimento global.

Além da questão ecológica, o uso do etanol é uma decisão de incalculável valor estratégico, político e econômico, tendo em vista que o Brasil é o maior produtor e exportador de etanol e de cana de açúcar de todo o mundo. Este quadro não tem apenas um caráter de competitividade comercial, mas sim de que o Brasil é o maior celeiro energético mundial, com clima e território que permitirão até resolver a questão energética internacional.

Por outro lado é importante frisar que o petróleo demora 4 milhões de anos para se formar no subsolo, enquanto que o etanol tem um ciclo de apenas um ano, desde o plantio da cana de açúcar até o seu corte e extração pelas usinas.

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1 comentário

  1. eu ainda me entusiasmo mais com o biodiesel e o uso de óleo vegetal puro como combustível, mas a volta da stock-car ao etanol foi uma decisão extremamente acertada… vale lembrar que a gasolina utilizada antes da volta ao etanol era destinada à aviação, ainda mais tóxica por ser aditivada com chumbotetraetila, e sem mistura de etanol como a gasolina regularmente encontrada nos postos…

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