Valeu pela emoção e pelo aprendizado. Um problema mecânico na quarta das 10 especiais do 18 Rali de Ouro Branco tirou da dupla Rodrigo Gini-Luiz Felipe Mendes a chance de completar o desafio, mas não a sensação de dever cumprido e o gosto de quero mais.
Sem preocupação com os tempos e conscientes de que é apenas o primeiro passo, piloto e navegador ganharam experiência, histórias para contar e acima de tudo, uma visão do que pode ser aprimorado para as próximas provas do Mineiro de Rali de Velocidade. Estrear em um dos ralis mais difíceis do Brasil foi mesmo um batismo de fogo e poeira para o Corsa GSI da dupla, inscrita na categoria A6.
“Faltavam 500 metros para o fim da SS4, em Itatiaia, justamente a descida final. De repente, o carro parou sem aviso. Encostamos e, infelizmente, terminou ali. Mas acumulamos rodagem, entrosamento e aprendizado. Viver a experiência de dentro é algo mais do que especial. Afinal, treino é treino e jogo é jogo. Nada como sentir de dentro a sensação de acelerar, as dificuldades, os problemas e, mais do que qualquer coisa, a tensão gostosa que é superar cada estágio, cada dificuldade. O que aconteceu (pane de motor) é parte do jogo, podia ter sido na primeira SS como na última, dada a dificuldade do percurso. Mas vai ter repeteco, com certeza”, diz Rodrigo.
Luiz Felipe, que correu em casa, diante da torcida e da família, sentiu literalmente o que é comer poeira. “Estávamos saindo do apoio para a primeira prova quando o vidro do meu lado se estilhaçou sem aviso. Mesmo com tanto pó entrando no carro, o que quase me impediu de ler as notas, fomos adiante. Depois foi o motor que acabou não resistindo, mas conseguir correr com tão pouco tempo de preparação já foi uma vitória. Agora é usar o que aprendemos e trabalhar com calma para os próximos ralis”.
Na classificação geral, a vitória ficou com Paulo Nobre, o folclórico Palmeirinha, com o navegador Edu Paula, no comando de um Mitsubishi Lancer Evo IX. Fábio Sacioto-Artur Carrão (Fiat Palio) dominaram os dois dias de prova pelo Mineiro.
