Foi com um sentimento de decepção que o piloto Ricardo Barra e o navegador Ronald Leis encerraram a 5ª e última etapa da Copa Troller Sudeste. A prova aconteceu no dia 14 de novembro, em Ribeirão Preto e contou com um grid de 115 veículos – 38 Graduados, 19 Turismo, 46 Expedition e 12 Amigos.
Após percorrer 193 km – sendo 127 deles navegados – começou o drama da dupla, que terminou a competição em 13º lugar. “No decorrer da prova, nos deparamos com um carro acidentado. A dupla que havia largado na nossa frente, Silvio e Sandra Grotkowski , já prestava o devido socorro aos competidores. Como éramos o próximo veículo a passar, também paramos para dar auxílio, mas fomos liberados pelas pessoas que estavam na operação de resgate. Ao retornar ao rali, ficamos 38 segundos atrasados e devido a média alta naquele trecho, demoramos um pouco para entrar no tempo novamente”, explicou Barra.
Certos de que ao final do rali, a organização do evento trataria do assunto com coerência e tomaria uma atitude compensatória às duas duplas, veio a grande surpresa: foi considerada apenas a situação do casal Grotkowisk. “O pessoal da apuração excluiu as passagens neste setor; fez a média das demais passagens e aplicou nos PC’s excluídos do cálculo. Considerei correta a atitude, pois cancelar os PC’s seria uma injustiça com os participantes que tinham passado antes do acidente. Mas para nós não foi aplicada tal medida, embora comprovado que paramos para prestar atendimento. Entramos com recurso, e este nos foi negado alegando que o regulamento da prova prevê a comunicação por escrito no prazo de 30 minutos após o término da etapa”, detalhou Barra.
A Niterói Rally Team pediu o regulamento para verificar na presença dos comissários da CBA, que não existia tal cláusula e, portanto, a decisão não tinha respaldo legal. Constatado o erro, um dos comissários presentes da CBA alegou que se o regulamento é omisso, ficaria a cargo do mesmo a decisão e, em uma atitude totalmente injustificável, negou provimento o recurso. “Ficamos chateados com o episódio, não foi feito justiça e, atitudes como esta desmotiva a solidariedade entre os competidores em situações como a que vivenciamos durante a prova”, concluiu o piloto.
Pelas contas da dupla, se os comissários da CBA não tivessem cometido tal arbitrariedade, a Niterói Rally Team teria conquistado o 5º lugar do pódio.”Passamos o ano inteiro competindo seriamente, entrando em cada rali com muita raça e determinação. Por vezes, perdemos o bom resultado por falhas nossas, mas agora, ficar de fora por este motivo, é muito decepcionante”, enfatizou Leis.
Na opinião de Barra e Leis a competição foi digna de uma final de campeonato. As médias estavam altas e bem mais justas do que o normal, além das referências curtas, com diversas mudanças de direção. “Em virtude disso, foi complicado andar no tempo. Era preciso técnica e arrojo para obter um bom resultado. Tivemos a melhor etapa do ano, tensão total do início ao fim”, detalhou Leis, lamentando que se não fosse o ocorrido, a satisfação da equipe seria completa.
Os vencedores da etapa na Graduados foram os irmãos Camilo e Alfredo Turcatto. Na Turismo, os melhores foram Bruno Panhoca e Juliana Simões. Na Expedition, Sandra Regina Andrade e Arnaldo Fazoli ficaram na primeira colocação.
Na classificação final, os campeões na Graduados foram Acyr Becker e Luís Felipe Eckel. Na Turismo, o título ficou com Renato e Katya Rocha. A Expedition não pontua para o campeonato.
