Chefe de equipe de Rubens Barrichello, Ross Brawn detalhou problema no carro do brasileiro, que ocasionou choque do piloto da Ferrari com mola da suspensão do BGP 001. A quebra de uma mola do amortecedor da suspensão traseira de Rubens causou o grave acidente sofrido por Felipe Massa no treino classificatório para o GP da Hungria, neste sábado (25).
O brasileiro da Ferrari depois do impacto da peça contra o seu capacete, ficou inconsciente e bateu na barreira de proteção de pneus, precisando ser internado em hospital de Budapeste por conta de uma concussão cerebral provocada pelo choque, e também por fratura no osso da testa.
(Veja mais abaixo um esquema da dinâmica do acidente sofrido por Massa)
Após o acidente, Ross Brawn deu sua versão sobre o que aconteceu com o carro da sua equipe:
O dirigente confirmou que a mola era mesmo do carro de Barrichello, e falou também sobre as questões envolvendo a segurança dos pilotos depois de dois acidentes causados por peças soltas na pista — há uma semana, Henry Surtees morreu após ter sido atingido por uma roda durante uma prova da Fórmula 2.
“Foi a terceira mola do amortecedor traseiro que se soltou do carro de Rubens e acertou Felipe. Ainda estamos investigando o que houve, pois a FIA ainda não nos entregou a peça. Assim que a tivermos em mãos, vamos poder compreender o que aconteceu.”
Brawn disse que Barrichello percebeu na hora que havia algo de errado com o seu carro. “Ele falou conosco no rádio imediatamente. Rubens estava cerca de quatro segundos à frente de Felipe na pista, e a mola deve ter quicado na pista durante todo este tempo. Não sei explicar os detalhes, mas é realmente surpreendente que isso tenha acontecido com ele tão atrás. Foi algo assustador”, ressaltou.
O dirigente falou também sobre o que pode ser feito para evitar este tipo de problema, mas destacou que é preciso manter a situação sob controle. “Há como solucionar isto. Precisamos de um estudo na área de estruturas, que trate de proteções de bolha sobre os pilotos. Qualquer coisa é possível, mas antes precisamos entender o que aconteceu neste caso. E, além disso, também temos de louvar o trabalho feito com os capacetes nos últimos anos”, lembrou Ross.
“Creio que é hora de vermos a situação por completo. Você pode até ter uma proteção, ou um canopy – que é uma peça similar aquelas utilizadas em aviões de caça -, mas precisa fazer algo que seja fácil de ser retirado pelo piloto. Não queremos uma estrutura que caia por sobre o piloto. Há várias considerações a serem tomadas, mas é óbvio que vamos analisar isso tudo”, finalizou Brawn.
Veja abaixo um esquema da dinâmica do acidente de Massa (clique para ampliá-la):
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