O Rali Dakar é conhecido pela grande variação entre suas categorias e também suas subdivisões. Então para não se perder confira abaixo todas elas, explicadinhas em seus aspectos técnicos.
O Dakar, desde a edição de 2022 confirmou a existência de uma divisão no que antes era conhecida como a dos UTVs. Ela dividiu em duas categorias, chamadas de Light Weight Prototype (para Protótipos Leves) e os SSVs (de Produção Modificados). Mas pra 2024 ela trocou o nome da categoria Protótipos, que agora passam a ser chamadas de Challenger (que é a classe T3), enquanto os SSVs ficam na classe T4).
Desde então são seis as categorias que compõe o Dakar:
- Carros
- Motos
- Quadris
- Trucks
- Challengers
- SSVs
A ASO, empresa que organiza o Dakar, também criou uma sétima categoria à parte, denominada de Classic.
Categorias de Carros
As subdivisões são a T1 e a T2. Os carros da T1 são o grupo majoritário entre os Carros, e também são divididas em outras subclasses.
A classe T1+, onde estão os veículos e os pilotos de referência, e que são aqueles que efetivamente podem vencer no Dakar, são constituídos de protótipos 4X4, com largura de 2,3 m, 350 mm de suspensão, rodas de 37 polegadas, com um peso mínimo de 2 toneladas.
Se criou uma classe paralela, denominada de T1.U (ou seja T1 Ultimate), que é composta por veículos que empregam energias renováveis. Seu peso mínimo é de 2,1 toneladas, mas ambas as classes tem limitada sua velocidade máxima à 170 km/h.
Mais dois subgrupos existem, os T1.1 e os T1.2, que englobam os demais protótipos. Os T1.1 devem ter tração 4 X 4, enquanto os T1.2 a tração deve ser 2 X 4.
Agora dentro da classe T2 aparecem os carros derivados de série, adaptados às exigências dos terrenos típicos do Dakar.
Ainda existe uma classe além dessas, usando o regulamento Open, que acolhem os restantes dos carros, que não se encaixem nas homologações anteriores.
Categorias de Motos
As categorias em que se dividem as Motos tem nomenclatura diferenciada dos carros, são as denominadas RallyGP, Rally2 e Rally3. Todas elas, entretanto, são limitadas à motores de até 450 cc.
A classe de elite é a RallyGP, onde competem os mais famosos pilotos. Seus pilotos devem ter uma experiência prévia, além de ter terminado em os Top 10 na geral nos últimos anos, ou ter ganho alguma especial, não contando os Prólogos. Há a limitação da velocidade máxima em até 160 km/h.
A classe Rally2 é a categoria seguinte, composta de pilotos amadores, mas com experiência. Há a limitação da velocidade máxima em 160 km/h.
Finalmente a Rally3 são os estreantes das Motos. Há a limitação da velocidade máxima em 130 km/h.
Categorias de Trucks
Os Brutos do Deserto, são muito diferenciados entre si, abrigando pilotos que visam a vitória, aqueles que participam com veículos derivados de série, e os que tem como principal propósito de servir de assistência para outros participantes das demais categorias.
Todos estão na normativa T5, que por sua vez é dividida em três classes: T5.U, T5.1 e T5.2. Nos dois primeiros grupos estão encaixados aqueles que são os favoritos para a classificação geral, tanto para os protótipos quanto os derivados de série.
Já os T5.2 são aqueles que cumprem funções de assistência para o restante dos corredores. Não entram para ganhar, muito pelo contrário, mas vão ganhando experiência e podem ascender nas demais edições do Dakar.
Para todas essas classes a velocidade máxima é limitada aos 140 km/h.
Categorias de Quadris
A categoria dos Quadris foi criada em para a edição de 2009 – a primeira em solo da América do Sul – e a que tem o maior contingente de pilotos sul-americanos dentre todas as demais.
Os Quadris não estão divididos em nenhuma subdivisão, mesmo que na verdade haja dois tipos de Quadris permitidos.
Esses veículos podem usar tração traseira (neste caso sua cilindrada estará limitada a 750 cc), ou usar a tração total (aqui com cilindrada limitada a 900 cc).
Para ambos os casos a velocidade máxima é de 130 km/h.
Categorias de UTVs (Veículos Leves) LWP e SSV
Originalmente denominados de UTVs, foi a última categoria criada no Dakar. Foi instaurada em 2013, mas ficaram quatro anos fora do Dakar, para conseguir realizar melhorias básicas nas suas especificações técnicas.
Não havia nenhuma subdivisão nos UTVs até 2022, quando então foi criada uma categoria de protótipos, agora denominada de LWP (Protótipos Leves – ou classe T3), enquanto a outra, com veículos derivados de série (Bugs) passou a se chamar de SSV (Derivados de Série – ou classe T4).
A nova categoria LWP – T3 (agora chamada de Challenger) tem os chamados veículos protótipos, criados especificamente para a competição no deserto da Arábia Saudita, e contam com uma subclasse, que é denominada de T3.U, destinada para veículos com motorização sustentável.