Neste início de temporada da SuperBike em 2020, com apenas duas etapas disputadas é bem verdade, parece que Jonathan Rea está perdendo terreno no Campeonato de Pilotos.
Rea venceu duas corridas, mas foram as chamadas “SuperPole Race” que, além de definir o grid da prova #2 do domingo, também oferece pontuação para os nove primeiros colocados, onde o vencedor leva 12 pontos – contra os 25 pontos que as outras duas corridas, de extensão cheia, dão aos vencedores.
Enquanto isso o estreante – na SuperBike – o inglês Scott Redding, já venceu duas corridas normais. Saíram de Jerez de la Frontera separados por sete pontos, à favor de Redding.
Isso pode nos presentear com uma virada de Rea, nos moldes de 2019, quando até a sétima etapa tripla quem ainda liderava era o espanhol Alvaro Bautista, mas que ao final da temporada ficou 165 pontos atrás do irlandês?
Estatísticas Comparativas
Abaixo vamos à alguns números comparando a luta de Rea para chegar ao título em 2019 contra suas perspectivas para 2020.
- Até a primeira etapa
em 2019 Rea estava com 27% à menos dos pontos de Bautista
em 2020 Rea estava com 22% à menos que Redding
- Até a segunda etapa
em 2019 Rea mantinha-se com 27% à menos
em 2020 Rea caiu um pouco mais, tendo agora 32% à menos
Os primeiros números parecem indicar que esta temporada poderá ter um desfecho diferente, e desta vez Rea, já com 33 anos de idade e já sendo um pentacampeão na categoria, poderia não estar mais com a mesma gana de título que nos anos passados.
Mas será isso mesmo?
Se continuarmos a olhar os números estatísticos de 2019 veremos que a curva começou a mudar só a partir da sétima etapa, quando:
- ao final da sétima etapa o déficit de Rea para Bautista já tinha caído para apenas 5% da pontuação, e
- ao final da oitava etapa Rea já superava Bautista por 6% dos pontos acumulados por ambos pilotos.
Não é igual, mas ainda não se pode jogar fora as chances de Rea chegar ao sexto título na SuperBike.
Se compararmos as estatísticas de desempenho geral dos novos oponentes de 2020, ainda veremos que Rea tem muito ainda para superar com sua Kawasaki o seu oponente de Ducati. Senão vejamos:
Item de comparação | Rea | Redding |
Títulos mundiais | 5 | 0 |
Vitórias (em provas cheias) | 78 | 2 |
Pódios | 155 | 4 |
Temporadas na SBK | 13 | 1 |
Temporadas na MotoGP | 1 | 5 |
Vitórias na MotoGP | 0 | 0 |
Pódios na MotoGP | 0 | 2 |
Idade | 33 | 27 |
Moto | Kawasaki | Ducati |
Concluímos que – embora a experiência e os resultados de Redding sejam bem menores que os de Rea – vivência Redding tem, tanto que já disputou cinco temporadas na MotoGP, onde a experiência de Rea se reduz a duas únicas corridas disputadas em 2012.
É bem verdade que o desempenho de Rea é massacrante, frente ao de Redding, mas Rea ainda tem bastante vigor, não existe razão para ele se aposentar em breve, e assim é muito natural que ele ainda tenha bastante vigor e vontade de vencer.
E finalmente não devemos de nos esquecer que a moto que Rea pilota, já há muitos anos, a Kawasaki, já tem 149 vitórias na SuperBike e venceu as últimas cinco temporadas, enquanto a Ducati que Redding pilota embora já tenha vencido 360 vezes na categoria, não vence um campeonato desde a temporada de 2011.
Então, o que devemos esperar?
Simples: muita luta e ainda mais emoção, até o final desta temporada.
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[…] não foi bem nas duas primeiras provas do fim de semana, e deu chance para a virada de Rea, conforme já era até esperado devido à mesma virada que protagonizou na temporada de […]